quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Elegância do comportamento.

Faz muito tempo recebi este texto de um amigo em agradecimento
de algo que nem lembro mais...infelizmente não consta a autoria
nem nenhuma outra referência, mas com certeza é gostoso de ler
e refletir...


ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez
por isso, esteja cada vez mais rara:
a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres
e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado
diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da
manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas
situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem
fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do
que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando
falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades
ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom
superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas
que evitam assuntos constrangedores porque não sentem
prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é
quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é
quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre
o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à
secretária que pergunte antes quem está falando e só
depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso (e tomar o espaço dos
outros).
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar
ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos
informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a
elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa
do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-
se tentar capturar esta delicadeza natural através da
observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver,
que independe de status social:
é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que
acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras". Se
os amigos não merecem uma certa cordialidade, os
inimigos é que não irão desfrutá-la.

Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é
frescura -> é sinal de evolução!


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